Sinopse
O filme tem início com Chu Xun começando a escrever o livro. Após rascunhar um capítulo, ela pára. Ela envia o arquivo para a lixeira. Mais tarde, ela começa a ter visões, como a de uma mulher que aparece repetidas vezes em determinados lugares. Esses fenômenos não têm explicação e Chu Xun passa a achar que o que escreve acontece no mundo real e tem dificuldades para distinguir o que é real do que é apenas imaginário... Mas logo percebe que talvez deva seguir a mulher das aparições até o outro mundo. Não é esse exatamente o tema abordado em sua nova obra? Vivenciar ela própria essa experiência não seria a melhor maneira de descobrir acerca do inexplicável? Então, uma noite, Chu Xun resolve seguir a tal mulher até o outro mundo - um mundo no qual ela viverá o mais real e puro horror!
Crítica: O desempenho apenas mediano das duas sequências de THE EYE caminha junto com um certo desgaste que apresenta o terror oriental, resultado de uma falta de renovação e de criatividade em apresentar novas idéias. Os irmãos Oxide e Danny Pang, não só se apercebem disso, como também tentam renovar o gênero num filme de certa forma metaliguístico, onde fazem do exagero a sua principal ferramenta para tentar neutralizar a previsibilidade, transformando o filme muito mais do que um filme de terror, mas sim uma fantasia que nos remete até a obras de Charles Dickens (“Um Conto de Natal”) e “Alice no País das Maravilhas”.


A mais recente produção dos Pang incorpora todos os elementos que estavam presentes, não só nos seus filmes anteriores, mas como também em grande parte dos filmes asiáticos de horror de culto. Mais do que explorá-los, eles simplesmente colocam-nos enfileirados, transformando o filme num verdadeiro desfile de aberrações com mulheres de cabelos comprido, crianças com cara de mal, águas escorrendo pelas paredes etc. Ao mesmo tempo, não esquecem os elementos dramáticos, como dramas familiares e amorosos, além de dualidades espirituais apresentadas principalmente em THE EYE 2. Mas mais do que isso, utilizam clichês como vultos em segundo plano, sons misterioros ao telefone, pessoas estranhas no elevador etc, tornando os sustos altamente previsíveis. Além de forçar em demasia um ambiente aterrorizador, mesmo quando ele simplesmente não existe, resultado do abuso dos scores sonoros e, novamente, do exagero.
Em Re-Cycle, temos Ting Yin, uma escritora de sucesso que, após três romances, resolve escrever um livro sobrenatural batizado justamente de “Re-Cycle”. Ao mesmo tempo, um antigo namorado que a havia abandonado há mais de oito anos reaparece. À medida que ela escreve o livro, estanhos acontecimentos tomam conta da sua vida. Aos poucos, vê-se consumida por esses fenômenos até perceber que está diante de um pesadelo sem saída onde a realidade e a fantasia se fundem. Assim, tenta desesperadamente encontrar uma saída. Um pesadelo que mescla ambientes em ruínas com elementos fantasiosos de lembranças apagadas que lembram de certa forma THE CELL (Tarsem Singh, 2000).
Apesar do certo mistério que cerca a primeira metade do filme, onde se questiona o que seria aquele universo paralelo onde se encontra a protagonista principal, aos poucos o filme torna-se altamente previsivel; mesmo assim, os irmãos Pang procuram trabalhar o enredo o máximo possível adiando um mistério, por muitos, já solucionado. Mas a derrapagem crucial fica mesmo nos momentos espirituais, filosóficos e religiosos, onde eles tentam empurrar para nós um tema bastante trabalhado em seus filmes anteriores, que multiplicado pela dose de exagero natural do filme, torna-se um elemento desgastante.
Exagero que combinado com o uso demasiado de clichês e sua forte previsibilidade fazem do filme um exercício de paciência, onde prevalece um sentimento misto de chatice e que estamos diante de um ridículo. Apesar disso, é inegável a qualidade visual apresentada em RE-CYCLE. Os cenários; a fotografia em tons monocromáticos opacos alternando com momentos extremamente saturados; fazem do filme um deleite visual de um mundo sobrenatural. No final, fica a impressão que os realizadores queriam mesmo dar um desfecho ou até mesmo uma releitura para o gênero que o consagraram. Principalmente quando se coloca a figura dos Pang no lugar da escritora Ting Yin, que em certo momento do filme tem a seguinte fala: “Uma parte do que escrevo é inspirado em acontecimentos que vivi”.
Apesar do certo mistério que cerca a primeira metade do filme, onde se questiona o que seria aquele universo paralelo onde se encontra a protagonista principal, aos poucos o filme torna-se altamente previsivel; mesmo assim, os irmãos Pang procuram trabalhar o enredo o máximo possível adiando um mistério, por muitos, já solucionado. Mas a derrapagem crucial fica mesmo nos momentos espirituais, filosóficos e religiosos, onde eles tentam empurrar para nós um tema bastante trabalhado em seus filmes anteriores, que multiplicado pela dose de exagero natural do filme, torna-se um elemento desgastante.

Informações Técnicas
Título no Brasil: Assombração
Título Original: Gwai wik / Re-cycle
País de Origem: Tailândia / Hong Kong
Gênero: Terror
Classificação etária: 12 anos
Tempo de Duração: 109 minutos
Ano de Lançamento: 2006
Estréia no Brasil: 04/08/2006
Site Oficial: http://www.re-cyclethemovie.com
Estúdio/Distrib.: PlayArte
Direção: Oxide Pang Chun / Danny Pang
Título no Brasil: Assombração
Título Original: Gwai wik / Re-cycle
País de Origem: Tailândia / Hong Kong
Gênero: Terror
Classificação etária: 12 anos
Tempo de Duração: 109 minutos
Ano de Lançamento: 2006
Estréia no Brasil: 04/08/2006
Site Oficial: http://www.re-cyclethemovie.com
Estúdio/Distrib.: PlayArte
Direção: Oxide Pang Chun / Danny Pang
- Elenco
Angelica Lee ... Tsui Ting-Yin
Pou-Soi Cheang ... The director of 'My Love'
Ekin Cheng
Lawrence Chou ... Lawrence
Viraiwon Jauwseng ... Yuk Ling
Siu-Ming Lau ... Old Man
Rain Li
Zeng Qi Qi
Jetrin Wattanasin
Yaqi Zeng ... Ting-yu
0 Julgamentos:
Postar um comentário