sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Verdadeiro amor!



Um casal de namorados estava voltando da praia, desciam a serra numa moto em alta velocidade...

Garota: - Devagar! Tô com muito medo...

Garoto: - Não... é divertido!

Garota: - Não é não! por favor, está me assustando!

Garoto: - ... (silêncio) ... Então diz que me ama?

Garota: - Eu te Amo!

Garoto: - Agora me abraça bem forte! - e a Garota o abraça...

Garoto: - Você pode tirar o meu capacete e colocar em você? Tá me incomodando, quero sentir o vento no meu rosto... - e a Garota colocou o capacete.

No jornal do dia seguinte havia a seguinte notícia:“Uma moto bateu na serra devido à aparente perda de freio ou problemas no motor, um dos jovens não possuía capacete e morreu na hora, o outro está hospitalizado mas passa bem.

A verdade é que descendo a estrada, o garoto percebeu que os freios haviam falhado, e em seguida não funcionavam mais, a queda era eminente, mas ele não queria que a garota soubesse e se desesperasse. Ao invés disso ele fez com que ela dissesse que o amava e sentiu seu abraço uma última vez, e a fez colocar o seu capacete para que ela pudesse viver, mesmo sabendo que por causa disso ele iria morrer... 
Felizes os que conseguem amar com essa Intensidade
E você para quem daria o capacete?








Apenas escute!...





Às vezes eu acordo à noite e fico escutando os sons que ela produz. Posso ouvir, ao longe, vozes gritando de alegria, dizendo coisas alegres umas às outras. Elas realmente parecem estar felizes ao compartilhar as suas alegrias comigo. 
    Como a minha casa fica perto duma auto-estrada, posso ouvir sons de buzinas, e carros trafegando calmamente pela via. Nela, não há pressa de chegar a lugar planejado, pois, prevendo que a viagem fosse longa, os ocupantes dos veículos levam consigo toda a bagagem humana que é possível transportar. 
    Ainda nessa noite, posso ouvir, também, os murmúrios dos insetos que fazem contraste com a noite bailável que se posta na minha mente. 
    Visando essa linguagem subliminar, sempre podemos abrir nossos ouvidos a novas possibilidades. Podemos tentar ouvir mais quem nos procura em busca dum ouvinte; pois, não há nada melhor do que saber que alguém tem confiança o bastante para nos ter como seu confidente.
    Tente acordar e ouvir os sons que vêm da rua; tente prestar atenção aos detalhes que passam desapercebidos no dia-a-dia. Tire os tampões dos ouvidos, ou, mais tarde ou mais cedo, eles perderão o seu devido valor, e não mais escutarão o que deveriam ter escutado.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Amor não é apenas uma palavra!



O ser humano constrói tantas coisas... Eu suponho que 90% delas se resumam a ações abstratas. Pois, o que seria de nós sem os sentimentos, que tanto nos ajudam a ascender os degraus da vida?
   Amor, uma palavra de quatro letras, mas que exerce tanta força aos que a possuem. Têm muitas pessoas que erram ao empregar essa palavra a outros sentimentos, que não remetem em nada ao amor. Amor é uma doação incondicional, cuja as duas partes se entregam de forma igual, e os sentimentos não encontram deformidades a superar. Amor é compreender os defeitos, e amar as qualidades do outro; no amor não há espaços para sentimentos triviais.
   Então, pense bem antes de usar essa pequena, mas importante palavra para designar o que sentes por outra pessoa.
   Amar a felicidade é fácil, difícil é suportar as tempestades pelo amor que se senti por outrem.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um litro de lágrimas




1 Litro de Lágrimas (em japonês1リットルの涙 Ichi rittoru no namida?, também chamado de Diário das Lágrimas) é um drama japonês da Fuji Television sobre uma garota diagnosticada com uma doença degenerativa incurável aos 15 anos, mas que foi capaz de continuar com sua vida até sua morte, aos 25 anos.
O drama é uma adaptação do diário de uma garota japonesa chamada Aya Kitō, que sofreu degeneração espinocerebelar. Ela começou a manter um diário por sugestão de seu médico e continuou a escrever até que não conseguisse mais segurar uma caneta. O diário, intitulado 1 Litre no Namida, foi publicado logo após sua morte.

Enredo

Aya é uma menina de 15 anos, filha de uma família simples. O pai possui uma loja de tofu, a mãe, Shioka, é higienista e os três irmãos, Ako, Hiroki e Rika. Entretanto, a vida de Aya vai, aos poucos, mudando, ao perceber que tem levado tombos freqüentemente e anda de um modo estranho. A mãe, Shioka, pede para que Aya vá ao médico para ser examinada.
O médico informa que Aya tem degeneração espinocerebelar - uma doença que deteriora o cerebelo gradualmente até o ponto que a vítima não pode andar, falar, escrever, ou comer. A doença não afeta a mente nem a memória.
A partir daí começa uma luta desesperada de sua família e amigos à procura de uma chance de cura para Aya.

Origem

Este drama foi baseado em uma história real de uma menina de 15 anos que sofreu desta doença incurável, contra a qual lutou até seus 25 anos.
A história foi baseada no diário de Aya Kitō (木藤亜也, 19 de Julho de 1962 - 23 de Maio de 1988). No diário ela relatava sua luta diária contra a doença.
O livro que surgiu mais tarde intitulado "1 Litro de Lágrimas" vendeu mais de 1,8 milhão de cópias no Japão inteiro.
Suas últimas palavras em seu diário foram: "O fato de eu estar viva é uma coisa tão encantadora e maravilhosa que me faz querer viver mais e mais".
Essa história torna-se mais comovente pelo simples fato de ser uma historia real, ela nos permite que possamos lançar um novo olhar para o nosso cotidiano e enxerguemos que, por mais que tenhamos problemas, existem pessoas que enfrentam dificuldades ainda maiores e nem por isso desistem.

Elenco




Meu parecer:


Bem, no mundo da jovem Aya não existem obstáculos que não possam ser sobrepostos. Ela vivia sua vida (com sua família imensamente unida e compreensiva) normalmente quando a descoberta de uma doença (degeneração espinocerebelar) faz com que ela se encontre cara a cara com a possibilidade da morte. Mas isso não a impediu de viver o resto da sua vida da maneira mais prazerosa possível, embora a doença fosse incômoda. 
   Não há como não se emocionar ao assistir Um litro de lágrimas. As situações apresentadas, assim como a posição que os acontecimentos são colocados à visão do público, fazem com que você sinta pena da Aya e ao mesmo tempo fique com inveja de tamanha força de vontade. Embora a doença tenha trazido desconfortos à vida da Aya, ela nunca perdera o bom-humor e a vontade de sorrir e alegrar todos ao seu redor.
   A série faz com que você pense seriamente nas bobagens que você diz, indo de indecisões quanto à escolha de uma nova roupa para ir ao baile, até uma depressão quanto à sua aparência e modos sociais.
   Um litro de lágrimas o leva a reflexões diversas. Será que damos o verdadeiro valor à vida que temos? Será que nossas queixas fazem sentido? Por que que uma simples estudando do ensino médio conseguiu passar por cima de uma doença tão devastadora e nós não conseguimos fazer o mesmo com problemas tão pequenos? São essas as perguntas que vêm à mente quando assistimos Um litro de lágrimas.


Recomendo-a a todos, sem exceção!




A quem ficou interessado na série, deixarei o link do blog onde pode se encontrar todos os capítulos da mesma: Preparem-se para derramar um litro de lágrimas

domingo, 19 de dezembro de 2010

Lágrimas...



1º garoto: — Eu escrevi um livro, cuja personagem principal ganha um copo mágico. Toda vez que ele chora dentro do copo, é concedido-lhe moedas de ouro na mesma proporção que as lágrimas derramadas. No fim da história, ele mata a própria esposa, e fica sobre uma montanha de moedas de ouro.
2° garoto: — Ele matou a mulher por que a amava?
1° garoto: — Sim.
2° garoto: — Por que ele simplesmente não cortou cebolas?
1° garoto: — ...

sábado, 18 de dezembro de 2010

O ciclo da vida...



Desde o dia em que ao mundo chegamos,
Caminhamos ao rumo do Sol.
Há mais coisas pra ver,
Mais que a imaginação,
Muito mais pro tempo permitir!

São tantos caminhos pra se seguir
E lugares pra se descobrir.
E o Sol a girar sob o azul deste céu
Nos mantém nesse rio a fluir

É o ciclo sem fim
Que nos guiará
A dor e a emoção
Pela fé e o amor

Até encontrar
O nosso caminho
Neste ciclo,
Neste ciclo sem fim!

É o ciclo sem fim
Que nos guiará
A dor e a emoção
Pela fé e o amor

Até encontrar
O nosso caminho
Neste ciclo
Neste ciclo sem fim!


Re-Cycle (Assombração)!





Sinopse
O filme tem início com Chu Xun começando a escrever o livro. Após rascunhar um capítulo, ela pára. Ela envia o arquivo para a lixeira. Mais tarde, ela começa a ter visões, como a de uma mulher que aparece repetidas vezes em determinados lugares. Esses fenômenos não têm explicação e Chu Xun passa a achar que o que escreve acontece no mundo real e tem dificuldades para distinguir o que é real do que é apenas imaginário... Mas logo percebe que talvez deva seguir a mulher das aparições até o outro mundo. Não é esse exatamente o tema abordado em sua nova obra? Vivenciar ela própria essa experiência não seria a melhor maneira de descobrir acerca do inexplicável? Então, uma noite, Chu Xun resolve seguir a tal mulher até o outro mundo - um mundo no qual ela viverá o mais real e puro horror!





Crítica: O desempenho apenas mediano das duas sequências de THE EYE caminha junto com um certo desgaste que apresenta o terror oriental, resultado de uma falta de renovação e de criatividade em apresentar novas idéias. Os irmãos Oxide e Danny Pang, não só se apercebem disso, como também tentam renovar o gênero num filme de certa forma metaliguístico, onde fazem do exagero a sua principal ferramenta para tentar neutralizar a previsibilidade, transformando o filme muito mais do que um filme de terror, mas sim uma fantasia que nos remete até a obras de Charles Dickens (“Um Conto de Natal”) e “Alice no País das Maravilhas”.


A mais recente produção dos Pang incorpora todos os elementos que estavam presentes, não só nos seus filmes anteriores, mas como também em grande parte dos filmes asiáticos de horror de culto. Mais do que explorá-los, eles simplesmente colocam-nos enfileirados, transformando o filme num verdadeiro desfile de aberrações com mulheres de cabelos comprido, crianças com cara de mal, águas escorrendo pelas paredes etc. Ao mesmo tempo, não esquecem os elementos dramáticos, como dramas familiares e amorosos, além de dualidades espirituais apresentadas principalmente em THE EYE 2. Mas mais do que isso, utilizam clichês como vultos em segundo plano, sons misterioros ao telefone, pessoas estranhas no elevador etc, tornando os sustos altamente previsíveis. Além de forçar em demasia um ambiente aterrorizador, mesmo quando ele simplesmente não existe, resultado do abuso dos scores sonoros e, novamente, do exagero.
Em Re-Cycle, temos Ting Yin, uma escritora de sucesso que, após três romances, resolve escrever um livro sobrenatural batizado justamente de “Re-Cycle”. Ao mesmo tempo, um antigo namorado que a havia abandonado há mais de oito anos reaparece. À medida que ela escreve o livro, estanhos acontecimentos tomam conta da sua vida. Aos poucos, vê-se consumida por esses fenômenos até perceber que está diante de um pesadelo sem saída onde a realidade e a fantasia se fundem. Assim, tenta desesperadamente encontrar uma saída. Um pesadelo que mescla ambientes em ruínas com elementos fantasiosos de lembranças apagadas que lembram de certa forma THE CELL (Tarsem Singh, 2000).


Apesar do certo mistério que cerca a primeira metade do filme, onde se questiona o que seria aquele universo paralelo onde se encontra a protagonista principal, aos poucos o filme torna-se altamente previsivel; mesmo assim, os irmãos Pang procuram trabalhar o enredo o máximo possível adiando um mistério, por muitos, já solucionado. Mas a derrapagem crucial fica mesmo nos momentos espirituais, filosóficos e religiosos, onde eles tentam empurrar para nós um tema bastante trabalhado em seus filmes anteriores, que multiplicado pela dose de exagero natural do filme, torna-se um elemento desgastante.


Exagero que combinado com o uso demasiado de clichês e sua forte previsibilidade fazem do filme um exercício de paciência, onde prevalece um sentimento misto de chatice e que estamos diante de um ridículo. Apesar disso, é inegável a qualidade visual apresentada em RE-CYCLE. Os cenários; a fotografia em tons monocromáticos opacos alternando com momentos extremamente saturados; fazem do filme um deleite visual de um mundo sobrenatural. No final, fica a impressão que os realizadores queriam mesmo dar um desfecho ou até mesmo uma releitura para o gênero que o consagraram. Principalmente quando se coloca a figura dos Pang no lugar da escritora Ting Yin, que em certo momento do filme tem a seguinte fala: “Uma parte do que escrevo é inspirado em acontecimentos que vivi”.

Informações Técnicas
Título no Brasil:  Assombração
Título Original:  Gwai wik / Re-cycle
País de Origem:  Tailândia / Hong Kong
Gênero:  Terror
Classificação etária: 12 anos
Tempo de Duração: 109 minutos
Ano de Lançamento:  2006
Estréia no Brasil: 04/08/2006
Site Oficial:  http://www.re-cyclethemovie.com
Estúdio/Distrib.:  PlayArte
Direção:  Oxide Pang Chun / Danny Pang


     

Os sonhos também respiram!



Sempre nos perguntamos o que tem no mundo dos sonhos; mas nunca nos demos conta da verdadeira resposta. Lá, suponho eu, estão todas as coisas das quais esquecemos de lembrar. Sempre estamos deixando migalhas de pensamentos soltas pelo ar, não importando-se em explicá-las. Estamos vivendo apressadamente, sem uma noção de tempo ou espaço. Estamos deixando coisas para trás por causa de outras coisas — coisas novas. Será que não podemos ter apenas um sonho, e esperar para realizá-lo primeiro antes de termos um seguinte? O mundo dos sonhos está lotado de migalhas de sonhos, cujas possibilidades crescem a cada dia. Nele, há sonhos de todos; esse mundo é tão grande quanto a Terra. Mas um dia ele enche, e não consegue mais suportar tantos sonhos; e é aí que acordamos, que vemos o grande erro cometido. Embora fortalecidos pelos sonhos atuais, somos surpreendidos com os fantasmas/sonhos do passado.
    Então, esses sonhos se misturam, e a realidade não é mais a mesma. Vemos que deveríamos ter sonhado aos poucos, sem muita pressa. Porque os sonhos não suportam ambição exacerbada; eles têm o seu próprio limite, e um dia o mesmo acaba.
    Tente sonhar uma coisa de cada vez, não se afobe muito, porque é sempre bom ter paciência e conquistar cada sonho com a máxima dedicação. Tente sonhar, mas sonhe devagar...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Eu não acredito no amor! (Lucas Esteves)

Eu não acredito no amor de quem fala alto

Eu não acredito no amor de quem perde a paciência
E não acredito no amor de quem é prepotente

Então, se eles acreditam que isso é amor
E se eu não posso, de nenhuma maneira
Convencê-los do contrário

Me desculpem, mas eu prefiro não amar
E procurar uma outra palavra para o que eu busco.


Clique aqui!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

À espera de um milagre.





Sinopse: Passado no Corredor da Morte de uma prisão do sul dos Estados Unidos, em 1935, À Espera de Um Milagre é a adaptação para o cinema do romance best-seller de Stephen King (publicado em 1996) sobre a história de um guarda de prisão que desenvolve um relacionamento incomum e comovente com um preso que possui um dom ao mesmo tempo mágico, misterioso e miraculoso.


À Espera de Um Milagre é todo contado em flasbacks por Paul Edgecomb à sua amiga Elaine Connelly. Edgecomb agora vive num asilo para idosos, seis décadas depois de ter trabalhado como o guarda chefe do Corredor da Morte na Penitenciária de Cold Mountain. Lá, a tarefa de Edgecomb durante a era da Depressão do Sul era cuidar de quatro assassinos que aguardavam sua caminhada final pelo Green Mile, uma comprida passadeira verde que leva os presos de suas celas até a cadeira elétrica.

Durante anos, Edgecomb anda por essa passadeira acompanhando uma grande variedade de presos. Mas nunca antes ele conhecera alguém como John Coffey, um negro enorme condenado por Ter matado brutalmente duas gêmeas de nove anos. Coffey certamente tem tamanho e força para matar qualquer um. Sua conduta, porém, opõe-se à sua aparência. Além de sua natureza simples e ingênua e um medo mortal do escuro, o preso parece possuir um Dom sobrenatural. Edgecomb começa a questionar se Coffey foi realmente o culpado do assassinato das duas meninas.
  Com o desenrolar da história, Paul Edgecomb aprende que, às vezes, os milagres acontecem nos lugares menos esperados.



Ficha Técnica:

título original:The Green Mile
gênero:Drama
duração:3 hr 8 min
ano de lançamento: 1999
estúdio: Warner Bros. Pictures
distribuidora: Warner Bros. Pictures
direção: Frank Darabont
roteiro: Frank Darabont, baseado em romance de Stephen King
produção: Frank Darabont e David Valdes
música: Thomas Newman
fotografia: David Tattersall
direção de arte:
figurino: Karyn Wagner
edição: Richard Francis-Bruce
efeitos especiais:


Crítica:


O filme narra o cotidiano de um bloco de um presídio onde os condenados à morte aguardam o dia da execução. É nesse espaço que irá desenrolar os dramas de Paul Edgecomb (Tom Hanks) e cia. O espectador irá conhecer a tentativa do guarda Edgecomb de tornar a vida dos condenados mais digna, o prazer sádico do guarda covarde Percy Wetmore (Doug Hutchison), a amizade do preso Eduard Delacroix (Michael Jeter) com seu ratinho Mr. Jingles, o perigoso e maluco William "Wild Bill" Wharton (Sam Rockwell) e o misterioso John Coffey (Michael Clarke Duncan), um gigante acusado de estuprar e matar duas garotinhas mas que tem medo do escuro e guarda misterioso poder.
Essa trama, retirada de obra de Stephen King, se desenvolve sem sobressaltos e com fluência. Mais. Os lugares dos personagens são demarcados logo na primeira aparição na tela. Aqui já vemos uma característica de um produto tido como industrial. Não há espaço para ambigüidade. Logo na primeira cena, o espectador sabe quem é o vilão e quem é o mocinho da história. Essas características permanecem até o fim, ou seja, os personagens são absolutamente lineares, possuem o mesmo tratamento da primeira há ultima cena.
Assim, o espectador sabe que "Wild Bill" é um criminoso perigoso porque simula uma aparente catatonia para, em seguida, atacar os guardas. Percy Wetmore também não é flor que se cheire, afinal, mostra a sua insensibilidade logo na primeira cena, quando anuncia a todos que mais um prisioneiro está chegando para ser eletrocutado na cadeira elétrica ("Mais um homem morto", grita com prazer). Delacroix, no entanto, tem bom coração (a amizade com o ratinho fala por si). E Coffey? Um assassino de crianças que tem medo do escuro não soa estranho? Esse é o "mistério" que irá rondar as três horas de filme.
Essa demarcação de lugares é essencial para as cenas que se seguirão, pois reconhecer o bem e o mal fará com que o diretor possa "manipular" as emoções do espectador. Assim, ficamos horrorizados com a morte dolorosa e cruel de Delacroix na cadeira elétrica. Ficamos sensibilizado com a bondade de Coffey. E temos outra reação com o fim dado a Percy e "Wild Bill".
Tudo parece absolutamente arquitetado, planejado, para que o espectador tenha as reações desejadas nos momentos adequados. Nada foge ao controle do diretor ou produtor, tudo se encaixa com perfeição. Ou seja, um filme elaborado com a racionalidade empregada em um produto industrial.
É interessante notar que, desde o início, o espectador já sabe como o filme irá terminar por algumas evidências. A primeira e mais óbvia é que a história é fruto de um flash-back. Edgecomb já velhinho é o narrador, ou seja, esse não pode morrer durante o filme! Segundo: alguém conhece homens malvados que maltrataram até os que estão no corredor da morte e que foram contemplados com um futuro cor-de-rosa no cinema de Hollywood?
Apesar disso, o filme flui com desenvoltura e ainda guarda alguns trunfos na manga, como o epílogo revelador e que coloca tudo no seu devido lugar




Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...