Não fazia frio durante aquela manhã, embora um vento gélido, típico da estação, batesse contra o meu rosto, fazendo com que meus olhos ficassem sensíveis ao ponto de lacrimejarem. Havia despertado cedo naquela manhã, supondo que os prados pudessem aliviar a minha dor da noite passada. Isso fora uma grande tolice! Aventurar-me nos prados só serviu para dar mais vazão às minhas lembranças. Pensei em tudo que ocorrera comigo e em tudo que meu pai dissera na noite anterior. Essas lembranças latejavam em minha mente como se fossem maciças clavas fincando-se em meu coração. Eu tinha vontade de chorar, gritar o mais alto possível, até que ela pudesse ouvir minhas súplicas. Eu não compreendia o porquê da nossa separação; sendo constante o meu desejo de procurá-la, aonde quer que ela estivesse. Fiquei deitado sobre os prados até meus olhos se fecharem e minha mente estar absorta com as imagens da véspera.
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