sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain





Sinopse: 
Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ­ e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.



Ficha técnica:

título original:Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain
gênero:Comédia
duração:2 hr 0 min
ano de lançamento: 2001
estúdio: Le Studio Canal+ / Filmstiftung Nordrhein-Westfalen / France 3 Cinéma / La Sofica Sofinergie 5 / MMC Independent GmbH / Tapioca Films / Victoires Pictures
distribuidora: Miramax Films
direção: Jean-Pierre Jeunet
roteiro: Jean-Pierre Jeunet e Guillaume Laurant
produção: Jean-Marc Deschamps
música: Yann Tiersen
fotografia: Bruno Delbonnel
direção de arte: Volker Schäfer
figurino: Madeline Fontaine e Emma Lebail
edição: Hervé Schneid
efeitos especiais:Duboi


Crítica:
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain  pode ser considerado como um filme diferente da grande maioria que existe por aí. É muito bom quando temos a oportunidade de assistir a filmes como este, onde o diretor usa uma combinação que ao mesmo tempo é dramática e cômica em uma história simples, mas encantadora.
O filme dirigido por Jean-Pierre Jeunet (Alien - A Ressurreição e Eterno Amor) concorreu ao Oscar de 2002 nas categorias de Melhor Filme de Língua Estrangeira, Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia, Melhor Som e Melhor Direção de Arte. Entretanto, infelizmente não conseguiu levar nenhum prêmio, embora o filme tivesse um grande potencial para ter ganhado. Vale lembrar que ele concorria em algumas categorias com a obra-prima O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, o que fez de sua tarefa uma missão quase impossível.
Produzido na França, conta a história dramática de Amelie desde a sua infância, que não foi das melhores. Viveu praticamente isolada das pessoas. Seu pai, que era médico, nunca se aproximou de verdade para dar-lhe amor e carinho, só se aproximava quando precisava fazer exames nela. Seu peixinho de estimação tinha crises e tentara o suicídio várias vezes. E para completar, sua mãe teve uma morte trágica e sinceramente muito esquisita. A menina então crescera isolada de outras pessoas e sem amigos para brincar ou se divertir. Agora jovem, trabalha como garçonete e mora em um simples apartamento em Paris. Certo dia encontra uma caixa pessoal em seu apartamento e descobre que esta pertencia a um ex-morador. Depois disso, ela decide encontrar o dono da caixa, por muita sorte, consegue devolver-lhe seu bem precioso. Encantada e ao mesmo tempo comovida com a felicidade do homem, Amelie descobre um novo sentido para sua vida e passa agora a fazer o bem ajudando a todos de todas as formas. Mas, também acaba por descobrir que ainda lhe falta algo que a impede de se sentir feliz ou realizada: um grande amor.
O filme é um primor visual: a fotografia é belíssima, muito bem trabalhada, rica em detalhes e bem colorida. Na realidade é um dos grandes destaques do filme. Tecnicamente, é o mais interessante. Quanto à trilha sonora, pode-se dizer que é muito bem empregada, mesmo que algumas vezes a execução dela seja paralela às falas do narrador, o que faz com que ela seja perdida e passe despercebida nessas ocasiões. Os diálogos são rápidos e ao mesmo tempo diretos, mas não chegam a ser superficiais.
O roteiro não traz algo de revolucionário, mas mesmo assim tem qualidade e foi bem escrito. Mas o que o valoriza ainda mais a produção é a forma que Jean-Pierre Jeunet dá vida à personagem Amelie, juntamente com a atriz Audrey Tautou (este foi o filme que a lançou para o mundo), mostrando dessa forma que ambos souberam muito bem desenvolver os seus papéis. O estilo utilizado pelo diretor misturando comédia com drama mais a presença de um narrador, que parece estar narrando um assunto didático, acaba por tornar o filme muito interessante, leve e descontraído. Apresenta assim um toque incomum que nos faz esquecer do tempo, pois acabamos ficando presos ao filme para acompanhar sua narração que é rápida e rica em informações.
É curioso saber o que vai acontecer com a personagem, uma vez que no começo o filme enfatiza muito o drama da pobre menininha, mas pouco tempo depois já o quebra com a morte inesperada de sua mãe. Enfim, nossa personagem parece estar “abandonada”, levando a crer que ela será uma pessoa isolada dos outros, com medo do mundo lá fora. Porém, não é o que acontece. Amelie acaba se superando e nos dando uma lição de vida de uma forma muito divertida com seus planos mirabolantes para fazer os outros felizes.
O filme foi muito bem visto e recebido pelo público francês e, embora seja uma produção de língua não-inglesa, também fez um considerável sucesso nos Estados Unidos, tudo graças a esse estilo diferente e incomum na maioria dos filmes. Adorei o filme, é verdade, e o recomendo para todos que se interessam por algo mais inovador.








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