sexta-feira, 22 de abril de 2011

Poesia feita pela minha eterna princesinha


Somos ilha e mar.
Onde o vento está sempre à assobiar.
As folhas e borboletas dançam sem parar.
E o nosso amor cresce e ilumina todo lugar.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

História Estranha, por Luis Fernando Veríssimo


    Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricó. Não tem a menor dúvida que é ele mesmo. Reconhce a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e...
O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás.
O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos, como eu vou ser sentimental!

Há algum tempo que não venho cá postar nada. Nem muito menos me dirigir ao público que visita este Blog. Talvez essa seja a primeira vez em que você me vê através das minhas próprias palavras. Sem ter um texto literário para encobrir o meu eu interior. Hoje estou tentando ver na vida um novo recomeço; um novo caminho. Procurei ajuda médica há alguns dias atrás; talvez já faça um mês. Mas isso não importa quando se tem uma cabeça distraída como a minha. Considero-me uma pessoa estranha aos olhos da sociedade. Mas, falando realmente, quem não é estranho? Não há nesse mundo nem noutro pessoa tão perfeita ou tão sem erros. Confesso que ainda estou inseguro. Mas com a ajuda da minha princesinha (da Stefany) sei que nada é impossível de se conseguir. Agora trilho um caminho rodeado de rosas; donde se vê o céu azul e se pisa em nuvens fofas como algodão. Agora sei que posso dormir à noite e ter bons sonhos. Agora estou aprendendo a viver de novo.
    Obrigado, minha eterna princesinha. Eu te amo muito.
    O que isso tem a ver com o texto lá de cima? Tudo! Agora vejo que a minha criança interior ainda não havia morrido. Estava apenas adormecida. Bastava apenas que a minha princesinha soprasse um sopro de vida em meu coração. Vivo e vivo-a. Porque agora somos um só.
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